Abraça-me, Quando ouço palavras duras Pela manhã logo cedo, De alguém amado e irritado, Por sua escova de dentes fora do lugar... Abraça-me Senhor! Quando minha filha Corta a minha conversa Dizendo estar de mau humor... Abraça-me, Senhor! Abraça-me nesta manhã quando quero aconchego, Quando preciso de um olhar carinhoso De uma palavra, após o silêncio da noite. Abraça-me, quando nem lembro mais o gosto de um abraço Abraça-me, quando a brisa de palavras belas já não sopram Em meus ouvidos. Abraça-me, Senhor! Abraça-me quando tenho por companhia Apenas Uma pia cheia de pratos Roupas sujas a lavar A poieira dos móveis a tirar Abraça-me quando a canseira do dia a dia Rotineiramente doída leva-me o ânimo e as forças. Abraça-me, Senhor! Quando mais preciso De um abraço, de um aconchego, De um cuidado, De um olhar. Abraça-me! Abraça-me quando todos se vão Deixando um cheiro de perfume no ar Um rastro de poeira no chão Toalhas molhadas jogadas nas camas Obje
É meio ao Caos que o Milagre Acontece!