Ontem quando saí de casa para trabalhar, o ponto de ônibus estava lotado.
Todos nós nos empurrávamos para baixo do abrigo como pintinhos sob as asas da mãe. O abrigo era pequeno para tanta gente impaciente de guarda chuva aberto, esperando um ônibus que nunca chegava. Eu também empunhava o meu guarda chuva novo. Comprara na véspera de um camelô que bradava a plenos pulmões: " Ontem era dez! Hoje é cinco! Cinco reais!" lá na Estação da Lapa. Bem bonitinho: Cabo em formato de bengala na cor vinho.Mas, qual não foi a minha surpresa ao ver que o meu guarda chuva novinho em folha, deixava passar pingos de chuva pelo seu tecido cumprindo muito mal a sua função de guarda chuva. Era quase descartável, como quase tudo hoje em dia. Logo eu estava toda molhada. E o pior: Meus pezinhos encharcados!! Detesto pés molhados, e ainda mais por água suja. meu sapato era de verão, minha roupa de verão e meu cabelo TAMBÉM DE VERÃO. Até o guarda chuva que comprei era de verão.
Saí de casa para ir ao trabalho e ia custasse o que custasse!
A chuva engrossou como que avisando que não pretendia parar tão cedo e o ônibus... Nada! Como desejei uma capa de chuva e um par de galochas...Sempre achei galochas esquisitas. Mas naquela hora elas seriam lindas e bem vindas. Os ônibus passavam atrasados e lotados. Finalmente lá vinha o meu. Vinha cansado, arfante, pesado. Parecia chateado como eu. De tão pesado que estava, passou de largo, por trás dos outros ônibus ignorando as mãos que abanavam freneticamente pedindo parada. As pessoas esbravejaram, xingaram o motorista. Houve até alguém que chorou: "Depois de tanta espera, o ônibus ainda passa direto... Eu aconcheguei-me aos meus livros, não mais importando-me com a chuva que agora caia mais forte ainda. Um carro passou em alta velocidade jogando metade da água da rua em cima de nós. Olhei para meu estado e tive vontade de rir. Lembrei que a alguns anos atrás, teria chorado. Agora não...Isso era o mínimo. Deus, vida, saúde... Isso é o que importa.Voltei para casa e fiz um papuccino quente. Liguei para a Escola e descobri que as aulas haviam sido suspensas.Quando der vou comprar um guarda chuva decente, uma capa de chuva e um par de galochas e se elas forem bonitinhas, melhor ainda.
A chuva engrossou como que avisando que não pretendia parar tão cedo e o ônibus... Nada! Como desejei uma capa de chuva e um par de galochas...Sempre achei galochas esquisitas. Mas naquela hora elas seriam lindas e bem vindas. Os ônibus passavam atrasados e lotados. Finalmente lá vinha o meu. Vinha cansado, arfante, pesado. Parecia chateado como eu. De tão pesado que estava, passou de largo, por trás dos outros ônibus ignorando as mãos que abanavam freneticamente pedindo parada. As pessoas esbravejaram, xingaram o motorista. Houve até alguém que chorou: "Depois de tanta espera, o ônibus ainda passa direto... Eu aconcheguei-me aos meus livros, não mais importando-me com a chuva que agora caia mais forte ainda. Um carro passou em alta velocidade jogando metade da água da rua em cima de nós. Olhei para meu estado e tive vontade de rir. Lembrei que a alguns anos atrás, teria chorado. Agora não...Isso era o mínimo. Deus, vida, saúde... Isso é o que importa.Voltei para casa e fiz um papuccino quente. Liguei para a Escola e descobri que as aulas haviam sido suspensas.Quando der vou comprar um guarda chuva decente, uma capa de chuva e um par de galochas e se elas forem bonitinhas, melhor ainda.
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