Minha filha está em casa e recupera-se bem. |
Acordei com a minha filha reclamando da dor mais uma vez.Eram três horas da madrugada. Já havia dado um remédio, feito um chazinho e nada! A dor era persistente. Da boca do estômago para o lado direito do abdomem.
Olhei para ela. Só tinha 14 anos a minha menina. Não gostava de vê-la sofrer. Tentei dormir novamente. Tive um sono agitado e sonhei que estávamos em um hospital e o médico dava o diagnóstico de pedra na vesícula com indicação cirúrgica em caráter de emergência. No sonho eu olhava para a minha filha e percebia que estava pálida, muito pálida... Nessa agonia acordei. Já era dia e o sol entrava pela minha janela. Um sol quente que não aquecia a minha dor. Decidimos levá-la naquele momento a um hospital para uma consulta. Nos preparamos rapidamente e saímos rumo ao Hospital Espanhol. Pegamos um ônibus bem cheio. Cortou-me o coração ver a minha filhinha em pé segurando-se em meios as frenadas bruscas e solavancos do ônibus.
Ela sempre foi forte, desde a sua infância: Não chorava quando levava umas palmadas, quando eu penteava com pressa os seus cachinhos loiros cheios de nós. Era forte a menina! Não chorava nem quando tropeçava e caía. Mesmo pequenina sabia levantar, sacudir a poeira e sair andando como se nada tivesse acontecido. Sempre foi corajosa e independente. E agora estava ali sentindo dores, mas, continuava altiva e elegante. Chegamos ao hospital por volta das 9 horas, depois do ônibus rodar por uns 50 minutos aproximadamente. Não demorou para sermos atendidos e umas 11 horas da manhã, após consultas e uma bateria de exames, o diagnóstico: Pedra na vesícula e indicação cirúrgica de emergência. A médica foi muito gentil ao nos dar a notícia, mesmo assim meu coração desmoronou. Segurei o choro bravamente. Tinha que ser forte e transmitir segurança para a minha filha. Ela estava ali naquele leito da emergência e parecia tão frágil! E ficou assim durante toda a manhã. O balão de soro impedia seus movimentos. Ela deitada e eu do lado olhando para ela, tentando sorrir, mas chorando por dentro. Ela percebeu, é claro! - Mamãe, a Senhora está com medo? - Eu? Bem... Não. Não estou, não...
Olhei para ela. Só tinha 14 anos a minha menina. Não gostava de vê-la sofrer. Tentei dormir novamente. Tive um sono agitado e sonhei que estávamos em um hospital e o médico dava o diagnóstico de pedra na vesícula com indicação cirúrgica em caráter de emergência. No sonho eu olhava para a minha filha e percebia que estava pálida, muito pálida... Nessa agonia acordei. Já era dia e o sol entrava pela minha janela. Um sol quente que não aquecia a minha dor. Decidimos levá-la naquele momento a um hospital para uma consulta. Nos preparamos rapidamente e saímos rumo ao Hospital Espanhol. Pegamos um ônibus bem cheio. Cortou-me o coração ver a minha filhinha em pé segurando-se em meios as frenadas bruscas e solavancos do ônibus.
Ela sempre foi forte, desde a sua infância: Não chorava quando levava umas palmadas, quando eu penteava com pressa os seus cachinhos loiros cheios de nós. Era forte a menina! Não chorava nem quando tropeçava e caía. Mesmo pequenina sabia levantar, sacudir a poeira e sair andando como se nada tivesse acontecido. Sempre foi corajosa e independente. E agora estava ali sentindo dores, mas, continuava altiva e elegante. Chegamos ao hospital por volta das 9 horas, depois do ônibus rodar por uns 50 minutos aproximadamente. Não demorou para sermos atendidos e umas 11 horas da manhã, após consultas e uma bateria de exames, o diagnóstico: Pedra na vesícula e indicação cirúrgica de emergência. A médica foi muito gentil ao nos dar a notícia, mesmo assim meu coração desmoronou. Segurei o choro bravamente. Tinha que ser forte e transmitir segurança para a minha filha. Ela estava ali naquele leito da emergência e parecia tão frágil! E ficou assim durante toda a manhã. O balão de soro impedia seus movimentos. Ela deitada e eu do lado olhando para ela, tentando sorrir, mas chorando por dentro. Ela percebeu, é claro! - Mamãe, a Senhora está com medo? - Eu? Bem... Não. Não estou, não...
Que adiantava mentir? Ela percebera tudo. E me olhava como que esperando uma resposta. Resolvi ser sincera: Estou filha, estou me pelando de medo! Mas eu sei que Deus está cuidando de nós.
Depois do meio dia, fomos transferidas para o apartamento. Lá havia um pouco mais de conforto. Na verdade parecia uma suite de hotel. Bem arrumada e limpa. Com armários, frigobar, sofá-cama para o acompanhante,TV, condicionador de ar, uma janela com uma bela vista mas, naquele momento eu não via nada pois os meus olhos estavam embaçados com lágrimas que a todo custo eu segurava dentro de mim. Passamos o dia sem comer. Ela por indicação médica e eu por não querer sair um minuto de perto dela. As horas arrastavam-se... Como é difícil ver um filho sofrer e não poder soprar no dodói para passar a dor. Senti falta da família, dos amigos naquela hora... Ninguém sabia que estávamos no hospital, foi tão de repente! Fomos lá para uma consulta apenas.
A noitinha um enfermeiro chegou para levar a minha filha para a sala de cirurgia. O momento que eu tanto temia, chegara! Arrumaram tudo e levaram...
- Deus te acompanhe, minha filha!
Aquele som das rodas da maca distanciando-se, foi o pior que já ouvi até hoje... Corri para o banheiro, apoiei-me na parede e chorei... Deixei sair aquele choro que estava preso. Não sei quantos minutos fiquei assim só sei que a angústia era grande.
Meu marido tentava me consolar com as suas palavras. Fez-me lembrar que nada ia acontecer a ela pois a mesma era filha da promessa e o seu nome fora escolhido por Deus. Lembrei de quando ainda estava grávida e temia pela vida do bebê e nem sabia o sexo da criança, o Senhor falou comigo assim: Minha serva, eis que eu a curei em seu ventre. E o nome dela será Vitoria! No dia seguinte fiz uma ultrassom que acusou que eu estava grávida de uma menina. O Senhor usou meu marido naquela hora para me consolar. Não sabia muito da cirurgia apenas que seria efetuada pelo Dr. Marcio cardoso Café e sua equipe. Gostei desse médico. Temos algo em comum o nome Cardoso.
Ficamos na sala de espera da ala cirúrgica aguardando. ... Foi uma longa espera...
Após umas três horas, surgiu um médico: Dr. Bruno Varjão, que veio até onde estávamos e falou que a cirurgia tinha ocorrido normalmente. Ele disse que estava tudo bem. Que paciência e delicadeza, Dr. Bruno Varjão tem! Quantas perguntas feitas e ele sempre com respostas brandas e delicadas. Que Deus o abençoe.
Logo após, outro médico veio falar conosco, desta vez foi o que fez a cirurgia o Dr. Marcio Café nos tranquilizando mais uma vez e falando que a Nívea Vitoria havia encantado a todos no Centro Cirúrgico com o seu "sorrizão aberto", segundo ele.Ele conversou um pouco mais conosco e saiu. Outro profissional admirável.
Esperava a maca com ela surgir a qualquer momento levando-a ao apartamento, mas, qual não foi a minha decepção! Surgia um e eu corria para ver se era ela, surgia outro e eu corria novamente e nada! Nada da minha menina...
Eu já estava com um misto de irritação e medo... Voltamos para o apartamento e resolvemos esperar lá...
O relógio virou o ponteiro e nada! Já passava das 10 quando eu resolvi voltar a sala de cirurgia. Chegando lá estava tudo escuro. Parecia um filme de terror aquelas alas e corredores sem ninguém. As luzes estavam semi apagadas. Cheguei a porta e chamei: Olá! Alguém aí?? Ninguém respondeu...
Os pensamentos maus não demoraram de povoar a minha mente: um, outro e mais outro numa velocidade enorme. Tentei ligar para o meu marido, mas o sinal da vivo já era! Aí eu resolvi orar, clamar ao meu Deus. Orei intensamente. Um médico surgiu a porta, vestido com aquelas roupas verdes, de touca e tudo. Perguntei por ela. Ele pediu para esperar e entrou. Surgiu à porta minutos depois sorrindo e me chamou: -Ela está muito bem! Sorrindo, falando... Daqui a pouco terá alta e voltará ao apartamento.A senhora pode esperar lá. Eu falei: Daqui eu não saiu sem a minha filha!
Passados alguns minutos ele voltou e me vendo de plantão à porta, falou: Ela já foi! Fiquei brava! "Eles me traíram e levaram a minha filha por outro local". Acho que perceberam a minha ansiedade.
Corri para o apartamento e lá estava a minha menina sã e salva. Mesmo voltando de uma anestesia geral, estava sorrindo. Tranquila. Só Deus sabe o alívio que senti naquela hora. Lá estavam meu marido, minha filha mais velha, César e Gê. Conversamos um pouco e eles voltaram para casa. Ficamos novamente eu e ela. Para mim era muito prazeroso cuidar da minha filhinha. Logo chegou a enfermeira trazendo o seu jantar. Comidinha leve e gostosa. Bem diferente daquilo que se pensa por aí ser "comida de hospital". Parecia mais ser cardápio de hotel cinco estrelas. Em todo este processo observei que ainda existem bons profissionais.E ambiente hospitalar humanizado. Se precisasse dar uma nota para todo o serviço, desde que entramos na Emergência do Hospital, passando pela triagem, pelo atendimento clínico, exames, a parte cirúrgica e por fim a alta, daria nota 10 a tudo. Coisa de primeiro mundo. Cuidou de minha filha uma equipe de profissionais qualificados,humanos, pacientes, gentis. O Hospital Espanhol é tão bom que saí de lá com a sensação que estava saindo de um hotel.
Hoje estamos em casa e ela se recupera bem. Muito bem. E diz que já estar cansada de ficar sem fazer nada.
O cuidado de Deus foi essencial para nós.Mais uma vez o Senhor me ensina. Em meio ao Caos: O milagre! Ele não nos impediu de passar pelo vale, mas, passou conosco.
Hospital Espanhol |
Hospital Espanhol |
Fonte das fotos:http://www.travelpod.com/
Ela é uma garotinha linda e forte. Logo estará totalmente recuperada. Melhoras, linda!
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