Em uma manhã ensolarada, Dona Cecília, andava no quintal de lá prá cá. Fazia isso todas as manhãs. Após molhar as suas plantas, pegou um ovo, fez um
traço nele com um carvão e cuidadosamente e o colocou no ninho das galinhas.
Observei que uma delas estava bastante inquieta como
se procurasse algo e na sua procura desesperada ia derrubando as coisas de minha
mãe. E olhe que tínhamos galinhas felizes , não essas galinhas coitadas, criadas
em chocadeiras.
-Mamãe para que é esse ovo que a Senhora colocou no
ninho da galinha?
- É o indez. Não mecha nele.
- Para que serve o indez?
Mamãe, calmamente explicou-me que o indez servia
para “lembrar” à galinha o lugar onde ela deveria voltar para por mais ovos.
- Se o ninho ficar vazio, ela não volta e vai pondo
os ovos em qualquer lugar...
- A resposta era de uma especialista no assunto: De
ovos e galinhas ela sabia de tudo.
- Ah... Eu entendi.
A partir daquele momento, eu visitava o ninho todos
os dias e conferia que o montante dos ovos ia crescendo. A galinha passou a
ficar deitada em cima dos ovos quase sempre. Desviei a minha atenção daquele
fato por algum tempo.
Um dia, acordei cedinho e vi uma bela cena, a galinha
andando orgulhosa pelo quintal, seguida por lindos pintinhos amarelos. Aí
voltei a pensar no indez, cuja pronuncia é “indeis”. Ele foi o início de tudo.
Se não fosse o bendito indez, a galinha não voltaria para pôr mais ovos naquele
ninho e não teríamos aquelas lindas vidinhas. Tirei uma preciosa lição:
O ninho não pode ficar vazio...
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